Energias renováveis: tudo sobre biomassa

Biomassa é uma forma importante de produzir energia limpa, com sustentabilidade.

A utilização da biomassa tem crescido bastante no país, principalmente devido à característica de ser sustentável e de permitir o uso de matéria orgânica de origem vegetal ou animal. Sua finalidade é a produção de energia, sendo considerada como uma das fontes mais antigas utilizadas pelo homem depois do sol. 

Ao apostar nesse uso de energia, um negócio pode ganhar diversos benefícios, principalmente usinas termelétricas que servem como principal fonte para áreas que não são contempladas pelo sistema de geração e transmissão das concessionárias comuns. As energias renováveis são utilizadas como base para sistemas de cogeração e são ótimas formas de destinação de subprodutos. 

Quer saber mais sobre a biomassa e a sua importância frente às opções de energias renováveis disponíveis no mercado? Continue acompanhando a nossa publicação e fique por dentro! 

O que é a biomassa?

Biomassa é uma matéria orgânica de origem animal ou vegetal que pode ser usada como fonte de energia. Entre os tipos mais encontrados, estão:

• O carvão; 
• A lenha;
• O bagaço de cana de açúcar; 
• Galhos e folhas de árvore;
• Papéis e papelão; 
• E outras fontes. 

Esse insumo tem ganhado cada vez mais espaço nas usinas termelétricas, principalmente por atingir áreas não contempladas pelo sistema de fornecimento das concessionárias no país, como as zonas rurais ou afastadas de centros urbanos. Outro ponto importante é sua utilização nos sistemas de cogeração, para potencializar ainda mais a utilização da energia. 

A biomassa também é considerada como principal elemento de diversos tipos de combustíveis considerados sustentáveis ou limpos, como o bio-óleo, o biogás e até o biodiesel.

Como funciona a biomassa?

A sua criação depende basicamente do ciclo do carbono, funcionando com os seguintes passos:

• A queima tanto da biomassa quanto de outros derivados provoca uma liberação do CO₂ ou gás carbônico na atmosfera;
• Assim, por meio da fotossíntese realizada pelas plantas, o CO₂ é transformado nos hidratos de carbono com a liberação do oxigênio ou O₂ para a atmosfera novamente; 
• Essa matéria orgânica de origem vegetal ou animal é finalmente transformada em biomassa novamente, gerando o ciclo do carbono; 
• Sua utilização não altera diretamente a composição da atmosfera, desde que respeitados os limites sustentáveis para o recurso. 

Um ponto importante deste insumo é a sua alta densidade energética e a facilidade de conversão, armazenamento e transporte do material para a utilização. Outro ponto relevante é a grande semelhança dos tipos de motores que fazem uso da biomassa com os motores convencionais que utilizam fontes de combustíveis fósseis, com um impacto reduzido nas mais diversas indústrias. 

Algumas vantagens da biomassa como fonte de energia 

Uma vantagem da biomassa como fonte de energia alternativa é ser considerada como parte da gama de energias renováveis disponíveis para a geração atualmente. Com isso, consegue-se maior de sustentabilidade no negócio com uma baixa emissão de gases poluentes danosos ao meio ambiente. 

Um ótimo exemplo é uma usina de álcool, onde os resíduos originários a partir da cana-de-açúcar, também conhecidos como bagaço da cana, são utilizados para produzir biomassa. Esta é então queimada para que seja transformada em energia elétrica ou energia térmica, utilizada então por toda a indústria. 

Como a biomassa é produzida e utilizada? 

A biomassa pode ser utilizada tanto como combustível quanto na produção direta de energia por meio de alguns processos diferentes como a pirólise, a gaseificação, a combustão e a co-combustão do material orgânico. Estes métodos podem ser classificados quanto à eficiência, às caraterísticas inerentes do processo como a temperatura e até a capacidade energética do produto final, além da economia na execução do processo de transformação. 

A pirólise expõe a biomassa a altíssimas temperaturas sem a presença de oxigênio, acelerando a sua decomposição. O que sobra pode ser classificado entre gases, óleos e carvão. 

A gaseificação também exige que a biomassa seja colocada em altas temperaturas, sem a presença do oxigênio, com o intuito de ter ao final um gás inflamável. A diferença da pirólise se dá justamente nesse sentido: produto final é somente um gás e exige uma temperatura menor. 

Já a combustão promove também a exposição da biomassa a altas temperaturas, mas com o diferencial de ter a presença abundante de oxigênio, produzindo vapor de alta pressão. Este é utilizado na movimentação de turbinas ou em caldeiras. 

A co-combustão segue a linha da combustão, com a substituição de parte do carvão mineral utilizado para queima em termelétricas por biomassa, com uma maior eficiência energética.

Outro ponto importante é uma preocupação crescente com o comprometimento da conservação de áreas originais de floresta para a produção de novas áreas desmatadas. Deve-se respeitar políticas de produção e de impactos ambientais, sempre prezando pelo bom uso do insumo para geração de energia. 

Produção e utilização no Brasil

O Brasil tem uma longa história com a utilização da biomassa. A maior parte da matéria prima do país vinha comumente da lenha ou do carvão vegetal. Esse conceito evoluiu e a biomassa hoje é produzida por bagaço de cana, lenha, carvão, álcool e outras fontes primárias, sendo responsável também por quase 13% do consumo final de energia.

A indústria possui uma grande participação no consumo de biomassa e o principal insumo é o carvão vegetal, oferecendo altas temperaturas para a produção de bens de consumo e alta eficiência energética. Outro ponto relevante é o fato de se tratar de uma fonte renovável de energia, diminuindo assim os receios quanto ao fornecimento e garantindo uma energia limpa para a matriz energética do país.

Saiba mais! 

A biomassa é uma forma importante de produzir uma energia limpa e garante que boa parte dos insumos e subprodutos da indústria sejam utilizados, promovendo ainda mais eficiência ao setor. Desde a lenha, o bagaço da cana-de-açúcar e até papéis podem ser transformados em biomassa, demonstrando a sua capacidade de ser um elemento principal na produção de novos tipos de combustíveis como o biodiesel. 

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