O uso de geradores na transposição de águas dos reservatórios
Desde 2012 a região nordeste do Brasil passa por uma forte estiagem. Mesmo os períodos de seca sendo bastante comuns, o atual cenário é um dos mais graves dos últimos 30 anos e afeta mais de 33 milhões de pessoas, segundo a Confederação Nacional dos Municípios. Com isso, os reservatórios da região, que têm capacidade para armazenar mais de 10 bilhões de litros de água, estão operando com 16,3%. Há cinco anos esse percentual era de 46,3%. Dados da Agência Nacional de Águas (ANA) apontam que dos 533 reservatórios monitorados na região, 142 estão quase secos. No estado do Ceará, por exemplo, os reservatórios têm apenas 7% da capacidade armazenada. Com o baixíssimo volume de água armazenada, muitos reservatórios precisam realizar a transposição de suas águas para manter o abastecimento ou mesmo para a operação das hidrelétricas. Nesse processo, o uso de geradores de energia é imprescindível, uma vez que são eles que garantem o funcionamento das bombas responsáveis pela retirada e transferência de água das áreas mais profundas dos reservatórios. Um exemplo foi a usina geradora, alimentada por geradores, montada no Sistema Cantareira, em São Paulo, durante a crise hídrica de 2015. Em funcionamento 24 horas por dia, sete dias por semana e durante dez meses, a usina mantinha as bombas ativadas, que levavam a águas das represas Atibainha, em Nazaré Paulista e Jacareí II, em Joanópolis, para o Sistema Cantareira.