O uso de geradores pelas usinas termoelétricas
A falta de chuvas e o baixo índice de armazenamento de água nos reservatórios, principalmente na região Nordeste, seguem preocupando o setor produtivo e também órgãos do governo.
Mesmo com o racionamento de energia ainda sendo descartado, algumas medidas, como a adoção da tarifa nível 2 da bandeira vermelha, cobrada na conta de luz, já estão sendo tomadas.
Outra ação cogitada pelo governo é o acionamento das usinas térmicas. A iniciativa, que já havia sido anunciada pelo governo, foi descartada temporariamente. O possível acionamento das usinas térmicas, que gastam mais para produzir energia, tem por objetivo complementar a matriz energética deficitária das hidrelétricas, que, com a crise hídrica, têm seus reservatórios de água em níveis cada vez mais baixos.
Só para ter uma ideia, na primeira semana de novembro de 2017, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), ligado ao Ministério de Minas e Energia, decidiu realizar reuniões semanais para acompanhamento do nível dos reservatórios que atingiram níveis inferiores aos observados antes do racionamento de 2001. Na região Nordeste, o nível dos reservatórios está em 5,78%, volume abaixo dos 8% do mesmo período do ano de 2001.
Mas, por que o acionamento das térmicas pode demandar o maior uso de geradores de energia?
Primeiro vale entender o que são as usinas termelétricas. Essas usinas são unidades de geração de energia elétrica, que utilizam combustíveis fósseis, como gás natural, carvão mineral e óleo diesel, para operar. No Brasil, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), há 2.941 usinas térmicas em operação, que juntas totalizam uma potência de 42.782.492 kW.
Mesmo com essa potência, boa parte das térmicas permanece por longos períodos do ano inoperante, sendo acionadas em tempos de risco energético, principalmente quando há um cenário de crise hídrica, como o vivido pelo país atualmente.
E, é nesse momento em que são acionadas pelo governo, que observamos que muitas térmicas não estão prontas para entrar em operação e colocar no sistema o volume de energia esperado.
Em muitas ocasiões essas térmicas estão com seus equipamentos em manutenção e não conseguem operar, imediatamente, com a sua capacidade máxima. Para entregar o volume de energia elétrica exigido, a termelétrica contrata energia temporária fornecida por geradores para complementar o que consegue produzir.
Exemplo: uma termelétrica tem capacidade para produzir 20MVA de energia, mas, no momento em que é acionada, só consegue disponibilizar metade desse volume. Para suprir essa diferença, a usina contrata geradores de energia, que são instalados em sua planta e produzem a quantidade da energia faltante pelo período necessário.
Atender esta demanda emergencial e pontual é uma das especialidades da Tecnogera. A partir do momento em que a térmica faz a sua demanda,a Tecnogera viabiliza o projeto de uma mini usina geradora, que é instalada rapidamente e passa a produzir imediatamente a energia complementar.
Quando a térmica volta a ter condições de produzir a capacidade total demandada pelo sistema, a estrutura de geração temporária é desmobilizada. Para as térmicas, o uso de energia temporária via geradores é uma solução viável e que agrega valor ao serviço entregue.