Papel dos geradores a diesel ou gás natural no setor de saúde
As salas cirúrgicas e outras cargas essenciais do setor de saúde exigem energia de backup para o caso de interrupção da rede concessionária principal. Todo mundo sabe que, quando os hospitais não estão funcionando devido a uma interrupção da rede, eles colocam em risco a vida de pacientes, funcionários e visitantes. Se ocorrer algo como uma queda de energia, os equipamentos hospitalares devem continuar funcionando pois estamos falando de vidas humanas. É justamente nesta hora que entra a importância dos geradores de backup. Quando há uma falha de energia da rede, o gerador de backup entra automaticamente para garantir que todas as cargas permaneçam ligadas e funcionando.
Devido à criticidade da carga, os grupos geradores hospitalares devem ser monitorados remotamente para um acompanhamento online, pois deve-se ter certeza que estes geradores irão entrar automaticamente na falha da rede concessionária.
QUAIS SÃO OS TIPOS DE GERADORES UTILIZADOS?
Existem dois tipos principais de geradores usados para hospitais. O primeiro é movido a gás natural, este tipo não é comumente utilizado devido ao seu elevado investimento e o alto custo de manutenção. O segundo tipo de gerador, largamente utilizado como energia de reserva, é o gerador a diesel. Estes geradores possuem autonomia para operar em média 8 horas com seu tanque próprio na capacidade máxima contínua de carga. Esta autonomia é perfeitamente estendida com o aumento da tancagem de diesel.
Monitores, bombas de oxigênio e outros equipamentos críticos à segurança de vida podem parar de funcionar. Felizmente, a maioria dos hospitais modernos hoje conta com geradores de energia reserva. Outra preocupação que vem com a perda de eletricidade é a perda de comunicações. Quando a energia acaba, a maioria dos telefones sem fio não funcionam. Isso pode restringir a comunicação das pessoas aos serviços de emergência.
O dimensionamento dos grupos geradores de energia é uma parte importante. Se os geradores de backup forem dimensionados apenas para alimentar as cargas mais críticas, provavelmente haverá problemas com outras cargas essenciais, como por exemplo elevadores, climatização, luzes de iluminação dos corredores entre outras.
Ao dimensionar corretamente a capacidade do grupo gerador, garante-se que todas as cargas, críticas e essenciais, sejam energizadas em caso de falha na rede. O grupo gerador de energia pode ser programado para entrar em questão de segundos no caso de falha na rede elétrica.
COMO AJUSTAR A CARGA ENERGÉTICA APÓS AMPLIAÇÕES?
O que não é tão conhecido é que, com o tempo, os estabelecimentos de saúde geralmente abrem novas alas ou adicionam novos equipamentos de última geração para melhor atender os pacientes. Neste caso pode acontecer do grupo gerador, inicialmente dimensionado para carga original, ficar subdimensionado e já não conseguir mais atender a todas as cargas críticas e essenciais. Neste caso, um modelo de contrato que vem ganhando força é o da contratação de energia de backup. Neste modelo de contrato, ao invés da aquisição de grupos geradores, o hospital contrata uma empresa para fornecer toda a energia de backup na modalidade de aluguel. A empresa contratada fica responsável pelas atualizações tecnológicas do grupo gerador, manutenções preventivas e corretivas, troca do equipamento por um de maior potência (expansão), SLA de atendimentos estabelecidos em contrato, fornecimento do monitoramento remoto, abastecimento de combustível, ou seja, a empresa fica responsável pela entrega da energia efetivamente falando.
Caso o hospital tenha seu gerador próprio, recomenda-se ainda que periodicamente seja feita um teste de carga através de bancos de carga. Isso mitigará riscos da não entrada do gerador em caso de falha da rede.
SEGURANÇA ENERGÉTICA EM HOSPITAIS
É importante estar atento às regulamentações estaduais e municipais para a localização dos geradores. Por exemplo, os geradores de emergência precisam ser protegidos contra inundações, terremotos e incêndios, de modo que esses requisitos geralmente descartam a maioria das colocações no porão e na cobertura.
A Anvisa criou um Manual de Segurança no Ambiente Hospitalar estabelecendo as diretrizes para o fornecimento seguro de energia elétrica, recomendando que, entre outros detalhes, a transferência de fornecimento de energia da concessionária para grupo gerador (emergência) seja de forma automática, com duração menor que 10 segundos. O grupo gerador deverá atender, no mínimo, as áreas de pacientes onde a dependência de eletricidade é reconhecidamente importante, como em centros cirúrgicos e unidades de tratamento intensivo. É também desejável que o grupo gerador alimente os sistemas de transporte vertical por elevadores, tanto os elevadores de paciente como os de visitantes.
O projeto do grupo gerador de energia deve levar em consideração a interligação com os sistemas de alimentação ininterrupta (UPS), quadros de transferência automáticos integrados (QTA) e todos os demais periféricos.
HOSPITAIS DE CAMPANHA
Por fim, porém não tão menos importantes, temos os hospitais de campanha, bastante utilizados em situações críticas de contágios, como o caso do COVID-19. São estruturas temporárias montadas rapidamente, mas com uma infraestrutura de um hospital comum, com leitos, respiradores mecânicos e aparelhos de tomografia computadorizada e ultrassom.
A ideia desse tipo de hospital é fazer com que as pessoas saiam das outras Unidades Básicas de Saúde (UBS) e sejam atendidas neste local. Isso visa reduzir o contágio de outras pessoas que estão na UBS além de mitigar o estrangulamento de atendimentos nas UBS e nos hospitais convencionais.
Fornecer sistema de energia de backup emergencial para o setor de saúde é extremamente crítico. A empresa deve estar preparada para operar em regime 24/7. Avalie a expertise da empresa neste setor e outros de alta criticidade de forma a buscar a melhor contratação.